sábado, 2 de outubro de 2010

Billy the Kid


Billy the Kid

Billy the Kid ("Billy, a criança"), ou William Henry Bonney, pseudônimos de Henry McCarty(23 de novembro de 185914 de julho de 1881) foi um bandido e assassino que participou da "Guerra do Condado de Lincoln", no Novo México, EUA.

Billy the Kid é uma lenda no Oeste Americano. Embora tivesse vivido apenas 21 anos foi um dos mais ativos e respeitados fora-da-lei da região compreendida entre o sudoeste americano e norte mexicano. A história relata seu envolvimento em dezenas de tiroteios, mais de 20 homicídios, fugas espetaculares e até na liderança de um bando de assassinos em uma guerra particular no Novo México. O certo é que este prematuro fora-da-lei teve também sua carreira encerrada muito cedo ao ser emboscado e morto no Fort Summer pelo xerife do Novo México, Pat Garret, é rápido no gatilho.


Nascido na cidade de New York em 24 de novembro de 1859 com o nome de Henry McCarty, perde o pai logo em seguida. A mãe Catherine muda-se com ele e o irmão para Indiana onde casa-se novamente com Bill Antrim.
Os Jovens Anos de Billy the Kid

Mudam-se novamente, primeiro Wichita (Kansas), depois Santa Fé e finalmente Silver City (Novo México) onde também sua mãe adoece e morre. Henry, ou Billy tinha então 14 anos. Em Silver City é preso por roubar roupa de uma lavanderia acusado de roubo, mas foge da prisão e vagueia pelo deserto americano e mexicano praticando furtos de cavalos.

Aos 17 anos, no Arizona, pratica contra um ferreiro seu primeiro homicídio. Foge para o Novo México e dedica ali sua atenção aos furtos de cavalos e mimo ás mulheres mexicanas, com quem adquire boa popularidade. No Condado de Lincoln arruma emprego na fazenda dos Tunstall onde cria forte amizade com o proprietário.


A Guerra do Condado de Lincoln e os Vigilantes

Em 1878 numa disputa por posses de terras entre os Tunstall e outro fazendeiro da região, Jonh Tunstall é assassinado. Tomado por forte sentimento de lealdade e desejo de vingança Billy une-se a um grupo de pistoleiros intitulados "Os Vigilantes" e juram caça aos culpados pela morte de seu estimado patrão.

Os Vigilantes espalham pânico e terror na região executando sumariamente todos os suspeitos de participação naquela disputa de terras. Billy, então, embosca o xerife Brady e seu auxiliar e juntamente com Os Vigilantes vingam-se da morte de Tunstall.

Agora a guerra continua com a participação de forças militares contra Os Vigilantes culminando num longo e sangrento episódio conhecido com a Batalha de Lincoln. Billy escapa ileso, forma novo bando e volta a roubar gado na região.


O Fim do Fora-da-Lei

Pat Garrett, um obstinado xerife do Novo México que também era um grande amigo de Billy the Kid, vendeu a vida do fora-da-lei por dinheiro (Billy era defendido pelos amigos que sempre falaram que ele não era mau e nunca trairia um amigo). Após fracassar num primeiro confronto com Billy The Kid, finalmente surpreende-o num rancho do Fort Summer e o mata a "queima-roupa".

Era 14 de julho de 1881. Terminava assim a carreira daquele jovem pistoleiro que enveredara pelo mundo do crime e viraria um misto de herói e bandido, embora tivesse vivido tão pouco - apenas 21 anos de uma atribulada vida no oeste americano.


Vivendo em Hico, Texas, até 1950?

Billy the Kid ficou conhecido por inúmeros nomes: William Boney, Kid Antrim, William Antrim, Jr. e, naturalmente Henry McCarty seu nome de batismo.

Mas há os que defendem uma outra identidade para Billy: Brushy Bill Roberts. Segundo estes, Billy teria escapado às balas de Garret e fugido para o México. Depois vagueado pelo oeste e finalmente se estabelecido na cidade de Hico, Texas, onde ficara até morrer, em 1950, como Bill Brushy.

Em meio a fotos, testemunhos e túmulos esta versão tem gerado ainda mais polêmica à incrível e relâmpago vida deste ícone do velho oeste americano: o lendário Billy the Kid, o fora-da-lei.

Django (1966)




"Você pode limpar a bagunça, mas não toquem no meu caixão" -. Django
"Você pode limpar a bagunça, mas não toquem no meu caixão" -. Django

ok, isso é totalmente estranho, mas este é o segundo filme eu fiz uma revisão por Sergio Corbucci este mês. Superfuzz também foi dirigida por ele anos mais tarde. e agora que eu olhar para ele, Terence Hill parece estranha como Franco Nero de seu papel aqui no Django ...
verificá-lo:
ok, isso é totalmente estranho, mas este é o segundo filme eu fiz uma revisão por Sergio Corbucci este mês. Superfuzz também foi dirigida por ele anos mais tarde. e agora que eu olhar para ele, Terence Hill parece estranha como Franco Nero de seu papel aqui no Django ...
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Uau, eu só olhei para cima, e Terence Hill é de 2 anos mais velho que Franco Nero.Strange. Eu pensei que Franco era seu pai.Enfim, essa marca também a minha segunda revisão de um filme de Franco Nero após rever Keoma no início do ano.
Um dos primeiros e mais violentos (até então) westerns spaghetti, Corbucci teve realmente para baixo quando ele fez DJANGO!

GIULIANO GEMMA FAZ 70 ANOS



GIULIANO GEMMA - Um dos maiores atores do cinema italiano faz 70 anos.
GIULIANO GEMMA FAZ 70 ANOS

CONTINUAÇÃO DO TEXTO ANTERIOR

O nome de Montgomery Wood, todavia, estava atravessado na garganta de Giuliano Gemma, e, tanto fez ele, que convenceu os produtores a lançarem-no com seu nome verdadeiro. - Não importava que o tachassem de um texano de Roma, o que importava era que ele se firmasse como ator, e o público o recebesse tal como ele realmente era. Seus argumentos acabaram vencendo.

Na sua carreira Giuliano Gemma já trabalhou frente a frente com grandes astros internacionais como: Kirk Douglas, Rita Hayworth, Henry Fonda, John Huston, Klaus Kinsky, Fernando Rey, Francisco Rabal, Lee Van Cleef, Florinda Bolkan, Alain Delon, Liv Ullman, Van Johnson, Eli Wallach, Jack Palance, Max von Sydow, Jacques Perrin, Martin Balsam, Bruno Kremer, Anthony Franciosa, Ernest Borgnine, Philippe Noiret, Catherine Deneuve, Ursula Andress, Senta Berger, Bibi Andersson e Claudia Cardinale.

Atuou em filmes notáveis como O SÁDICO DE ALMA NEGRA (produção sueca de 1968); WANTED – O PROCURADO (1967); OS LONGOS DIAS DA VINGANÇA (1967); A PISTOLA É MINHA BÍBLIA (1968); O DIA DA IRA (1967); O BASTARDO (1968); VIVO OU PREFERIVELMENTE MORTO (1969); O PREÇO DO PODER (1969); ROBIN HOOD – O ARQUEIRO DE FOGO (1970); QUANDO AS MULHERES TINHAM RABO (1970); BEM E CHARLIE (1972); UM HOMEM A RESPEITAR (1972); DELITO DE AMOR (1974); O DESERTO DOS TÁRTAROS (1976); O PREFEITO DE FERRO (1977); A GRANDE BATALHA (1978), entre outros.

Um dos últimos westerns de sua carreira datado do ano de 1985, deu vida a Tex Willer, um famoso caubói dos quadrinhos no filme "Tex e o Senhor dos abismos", de Duccio Tessari.

ERA UMA VEZ A REVOLUÇÃO




Um dos gêneros cinematográficos que mais falou da revolução para platéias amplas foi o western italiano. Poucos, hoje, sabem disso.

Nascido em meados da década de 1960, o
spaghetti-western foi também muito caro para a minha geração noutro aspecto: lavou a alma de todos que gostávamos dos bangue-bangues, mas não da caretice dos estadunidenses.
Teve surpreendente sucesso nas bilheterias: O Dólar Furado (1), p. ex., chegou a ficar em cartaz durante cerca de um ano num cinema de São Paulo. Isto se deveu não só a ter ocupado um espaço vazio, já que os norte-americanos haviam deixado de fazer westerns, como também a haver trazido um novo enfoque e uma nova moldura para o gênero.

Tirando obras de exceção como Matar ou Morrer (2), Sem Lei e Sem Alma (3), O Matador (4), Estigma da Crueldade (5) e Rastros do Ódio (6), os faroestes
made in USA de até então tinham o insuportável defeito de tentarem nos impingir aquela ladainha da luta eterna do Bem contra o Mal -- um tédio!

O
mocinho não fumava, não bebia, não praguejava e nem trepava. A mocinha era recatada donzela. O xerife, pachorrento mas digno. Os índios, selvagens bestiais que tinham de ser tirados do caminho para não atrapalharem o progresso. Os mexicanos, beberrões subumanos.

Mesmo no mato, conduzindo boiada, o mocinho tinha a decência de manter-se sempre limpo e escanhoado. Bah!

O western italiano surgiu meio por acaso. A indústria cinematográfica italiana conseguira nos anos anteriores faturar uma boa grana com filmes épicos e mitológicos. Hércules, Maciste, Ursus, Golias, fundação de Roma, guerra de Tróia, etc. O filão, entretanto, estava esgotando-se e a Cinecittà saiu à cata de um novo produto.

Sergio Leone, então com 34 anos, tinha começado a carreira no neo-realismo italiano (como assistente de direção e diretor de segunda unidade), mas não conseguira alçar-se à direção. Era difícil abrir um espaço entre mestres como Vittorio De Sica, Lucchino Visconti, Pier Paolo Pasolini, Federico Fellini, Michelangelo Antonioni, etc.

Então, entre atuar eternamente à sombra dos medalhões do cinema de arte ou mostrar seu trabalho no cinema dito comercial, escolheu a segunda opção. Depois de dirigir os épicos Os Últimos Dias de Pompéia (7) e O Colosso de Rodes (8), teve a sorte de estar no lugar certo, no momento exato, para dar o pontapé de partida num novo ciclo.

Adaptou para o Oeste a história de Yojimbo (9), um filme de Akira Kurosawa sobre samurai que açula a discórdia entre dois senhores feudais para prestar-lhes serviço alternadamente, sem que percebam seu jogo duplo. O que Leone fez em Por Um Punhado de Dólares (10), basicamente, foi mudar a ambientação e colocar um pistoleiro caça-prêmios no lugar do samurai.

O protagonista também teve aí seu grande golpe de sorte. Clint Eastwood não emplacara em Hollywood como mocinho, ficando relegado a papéis secundários em séries de TV e a filminhos classe “B” e “C”.

Leone percebeu nele um bom anti-herói. Compôs seu personagem (o
Estranho Sem Nome) com barba rala, chapéu sobre os olhos, charuto na boca, fala arrastada e um poncho. Com isto, acabou alçando-o ao estrelato e fazendo jus à homenagem que depois Eastwood lhe prestaria, ao dedicar-lhe sua obra-prima Os Imperdoáveis (11).

O que diferenciou o western italiano foi exatamente ter sido feito por cineastas bem diferentes dos tarefeiros hollywoodescos (os ditos artesãos, que se limitavam ao feijão-com-arroz artístico que lhes garantisse o dito cujo gastronômico).

Damiano Damiani, Carlo Lizzani e Sergio Corbucci eram outros talentos com a cabeça feita pelo cinema de arte, assim como o superlativo roteirista Sergio Donatti (aliás, até os grandes diretores Bernardo Bertolucci e Dario Argento chegaram a escrever história para western).

Então, não se limitaram a realizar filmes com muita ação e nenhuma vida inteligente; fizeram questão de deixar sua marca, passando mensagens cifradas, dando toques, propondo outra abordagem para o gênero.

Em vez de um palco em que o Bem vence sempre o Mal, o bangue-bangue italiano mostrou o velho Oeste como uma terra de ninguém, primitiva e selvagem, em que todos perseguem seus objetivos como podem.

Evidentemente, há muito mais verossimilhança nesse enfoque do que no norte-americano. O Oeste do século 19 seria algo como o garimpo de Serra Pelada no seu apogeu. Um grotão selvagem onde prevalecia a lei do mais forte.

Em vez do herói, o western italiano consagrou o anti-herói: barbudo, desgrenhado, com roupas sinistras, muitas vezes um caça-prêmios, quase sempre um mau-caráter. No fundo, só se diferenciando dos bandidos por agir sozinho enquanto os outros atuam em bando.

Lembrem-se: era a década de 1960, quando havia um imenso desencanto com a ordem estabelecida. Rebeldes eram tudo que queríamos ver. Não suportávamos mais os heroizinhos c.d.f. de Hollywood, daí termos sido imediatamente cativados pela alternativa européia, os Djangos, Sabatas e Sartanas (os únicos
mocinhos nos moldes estadunidenses eram os protagonizados por Giuliano Gemma).

E, enquanto os poderosos viraram vilãos, os índios e os peões mexicanos passaram a ser mostrados como vítimas e heróis. Afinal, vários cineastas italianos tinham inclinações revolucionárias, mas não havia nada revolucionário para destacar nos EUA do século 19.

A solução foi transferir a ação para o efervescente México, como em Quando Explode a Vingança (12), Gringo (13), Reze a Deus e Cave Sua Sepultura (14), Réquiem Para Matar(15), Companheiros (16) e O Dia da Desforra (17).

Toques esquerdistas, sim, eles podiam inserir em filmes ambientados nos EUA:
  • o próprio Django (18), no qual os vilãos são flagrantemente inspirados na Ku-Klux-Khan;
  • Quando os Brutos Se Defrontam (19), reflexão sobre a gênese de líderes oportunistas;
  • O Especialista (20), que coloca jovens rebeldes (referência às barricadas francesas de 1968) em ação no Oeste;
  • O Vingador Silencioso (21), denunciando o massacre de Johnson Country, quando centenas de imigrantes eslavos foram dizimados pelos barões de gado do Wyoming – o mesmo episódio histórico que seria depois retratado na superprodução O Portal do Paraíso (22);
  • e o extraordinário Três Homens em Conflito (23), com algumas das mais marcantes seqüências antibelicistas do cinema em todos os tempos.
Uma última característica notável foi libertar a trilha musical da tirania do country. Não mais o que realmente existia nos EUA do século retrasado, como violões, violinos, banjos, gaitas e sanfonas, mas também flauta, saxofone, órgão, sintetizadores, castanholas -- tudo que se harmonizasse com o clima daquela seqüência, pouco importando se tais instrumentos eram encontrados ou não no velho Oeste.

Para completar, o uso criativo de sinos, caixas de música, assobios e outros achados. Morricone é, com certeza, o melhor criador de trilhas musicais de todos os tempos.

FILMES INESQUECÍVEIS

Quando Explode a Vingança está entre os melhores filmes do Leone. É, na verdade, o segundo da trilogia era uma vez, que inclui Era Uma Vez No Oeste (24) e Era Uma Vez Na América (25). Deveria ter-se chamado Era Uma Vez A Revolução, mas acabou com um título que em italiano significa "abaixe a cabeça" e, nos EUA, "agache-se, otário!".

Na visão do Leone, os verdadeiros heróis da revolução são os anônimos homens do povo, enquanto os líderes acabam sempre traindo a causa -- seja no México (o médico interpretado por Romolo Valli) ou na Irlanda (o dirigente do IRA que é amigo do John/James Coburn).

Foi feito em 1971, quando os movimentos revolucionários pipocavam na Itália, radicalizando-se progressivamente. Parece expressar o desencanto do Leone com o Partido Comunista Italiano e ser um alerta de que as Brigadas Vermelhas e congêneres teriam destino trágico.

Um lance interessante é mostrar de forma totalmente desumanizada o comandante das forças contra-revolucionárias: ele é visto escovando repulsivamente os dentes, chupando um ovo, olhando pelo binóculo. Leone não lhe concede sequer a dignidade da fala. De sua forma sutil, expressa o desprezo absoluto que tinha pela direita troglodita.

Outra grande sacada do Leone é ressaltar que a História nunca fixa a versão correta dos fatos. A frase que o Irlandês sempre repete, sobre "os grandes e gloriosos heróis da revolução", é um primor de sarcasmo.
* * *

Três Homens em Conflito foi, claramente, o divisor de águas na carreira de Sergio Leone, o momento em que ele mostrou ser muito mais do que um (brilhante) artesão.